No mapa Ruysch de 1508, surge uma inscrição que refere que uma ilha existente entre a Islândia e a Gronelandia foi totalmente destruída por combustão no ano de 1456. Sabendo que esta região é vulcânicamente muito activa, é muito plausível que tenha sido destruída por uma erupcao. Tratar-se-ia de que ilha "mítica"?
Aliás, a região marítima em redor da Islândia é conhecida pela sua instabilidade vulcânica. Durante o dia 14 de Novembro de 1963 o barco de pesca "Isleifur II" observou uma nuvem negra de cinzas no horizonte. No dia seguinte a tripulação entraria, onde antes não existia terra, uma ilha de 10 metros de altura. Nesse mesmo local, o mar tinha antes 130 metros de profundidade. Um dia depois a ilha crescera para uma altura de 40 metros e 500 de comprimento. O vulcão da ilha, cujas erupções cessaram em 5 de Junho de 1967, havia criado a ilha de Surtsey, com uma superfície de aproximadamente 2,8 km2.
Por outro lado, a instabilidade vulcânica da região açoriana é sobejamente conhecida. A erupção do vulcão dos Capelinhos acrescentou algumas centenas de metros ao território do arquipélago, e medições efectuadas pela NASA no mês de Setembro de 1994 indicaram que se registavam altas temperaturas no banco de D. João de Castro. Este vulcão submarino, 40 quilómetros a Noroeste da ilha de São Miguel, já em 1720 ao entrar em actividade, havia criado efémeramente uma décima ilha do arquipélago. Segundo Victor Hugo Forjaz, do Centro de Vulcanologia da Universidade dos Açores: "É natural que até ao fim do século haja uma nova erupção nos Açores porque, conforme temos observado, ocorrem geralmente duas por século. Tivemos a dos Capelinhos em 1957 e o banco de D. João de Castro está desde há uns anos a subir. Há dez anos estava a 12 metros de profundidade e hoje já só está a oito metros da superfície".