NAVEGAÇÕES ATÉ AOS MARES DO NORTE DURANTE A ÉPOCA ROMANA

Plutarco refere, numa sua obra (83), uma história que um certo Cila teria contado a Lamprias, seu irmão, o qual teria sabido de um desconhecido que se apoderara de manuscritos antigos, salvos da destruição de Cartago. Este desconhecido vinha de "uma ilha, distante no mar, a cinco dias de navegação para Oeste da Britânia. Três outras ilhas, a distâncias iguais entre si e da primeira, encontravam-se mais afastadas para o lugar em que se põe o Sol de Verão", isto é, para noroeste. Segundo esta história, para além destas ilhas, existe ainda um continente, circundado por um mar dificilmente navegável, aqui aquele que chegue a estas paragens "vê o Sol desaparecer por menos de uma hora durante um período de trinta dias. Esta é, lá em cima, a noite, uma espécie de leve crepúsculo, que reina depois do Ócaso". A descrição das regiões boreais levou a que se falasse da Groenlândia assim como do Labrador, colocando-se as ilhas intermédias nas Faroe, na Islândia, na Groenlândia.

MOEDAS ROMANAS NA ISLÂNDIA

Foram descobertas na Islândia moedas romanas da época do imperador Diocleciano, datando estas dos finais do século III d.C.. Geralmente, atribui-se o seu transporte a vikings que para aí as terão levado, mas para elas se colocam as mesmas objecções que para a presença de moedas cartaginesas no Corvo, ou seja, porque levariam até à Islândia os mercadores nórdicos moedas romanas de baixo valor ?